Empresas temem mais PROCONS do que Judiciário,
constata levantamento
Publicado em 27 de abril de 2012 por Lais
Trabalho mostra falta de transparência e critérios
justos nas sanções aplicadas pelos Procons
Um levantamento para apuração das dificuldades
enfrentadas pelas organizações e entidades empresariais no âmbito do direito do
consumidor apurou nove conflitos que afetam a política de proteção praticado
pelas pouco mais de 600 Procons atuantes pelo país, dos quais pouco mais de 1/3
apenas no Estado de São Paulo.
O trabalho – realizado pelo time de especialistas em
direito do consumidor do Viseu Advogados (SP), mostra ainda as consequencias
destes conflitos e propõe uma agenda positiva para contribuir com o
aperfeiçoamento de instrumento tão importante para a sociedade, o Código
Nacional de Defesa do Consumidor.
O conteúdo desta ação foi apresentado pelos advogados
Gustavo Viseu e Antonio Carlos Guido Junior para seleto grupo de representantes
de empresas no evento “Novos Rumos do Contencioso de Massa”, realizado esta
semana na capital paulista. O debate também contou com a participação de um
representante da Fundação Procon/SP.
Os principais conflitos desta relação (Procons e
Empresas) apurados pelo levantamento feito um universo superior à 15.000
Reclamações de Procons (com abrangência nacional), de diversas empresas e
setores de mercado, foram:
. Ausência de uma padronização dos procedimentos
internos dos Órgãos e integração entre Procons;
. Resistência em dialogar com as empresas;
. Parcialidade e protecionismo excessivo dos
consumidores;
. Foco na punição e arrecadação (multas), não em
prevenção, educação e conciliação;
. Falta de transparência e de critério justos na
aplicação de sanções;
. Atuação que extrapola competência e atribuições;
. Imposição de Compromissos de Ajustes de Conduta;
. Deficiência dos sistemas de informação e consulta
processual;
. Desconhecimento técnico no atendimento
De acordo com a coleta de dados para este estudo, os
conflitos têm como consequencia um elevado sentimento de insegurança jurídica,
aliado às constantes dificuldades de implementação de medidas preventivas
conciliatórias, clima de oposição/controvérsias e o aumento de questionamentos
judiciais.
Para enfrentar os problemas, o escritório buscou
conhecer quais ações os agentes do mercado (advogados e empresas) sugerem para
melhoria da relação empresas, consumidores e órgãos de defesa. São elas:
. Parceria com os fornecedores no desenvolvimento de
uma política nacional de educação para o consumo;
. Revisão do Decreto Federal 2181/97;
. Unificação dos procedimentos utilizados pelos
Procons;
. Criação de comissões de revisão e propostas de
normatização, com a participação ativa dos fornecedores;
. Criação e manutenção de câmaras técnicas, com a
efetiva participação dos fornecedores;
. Criação do Conselho Nacional de Defesa do
Consumidor;
. Incentivo de uma auto-regulação dos setores;
. Implantação da CIP Eletrônica, através de critérios
passíveis de sua utilização;
. Consulta on line às reclamações fundamentadas e
autuações;
http://www.cleinaldosimoes.com.br/?p=1226
. Sindec – ampliação de consultas
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